Milito já foi questionado, em muitas oportunidades, desde o início de sua trajetória no Galo, por uma suposta falta de repertório tático. Por jogar sempre no mesmo esquema, apostar, em todos os jogos, em mecanismos similares. O treinador alvinegro teria, por exemplo, um traquejo incorrigível pela saída com três jogadores.
Ontem, na partida no Morumbis, o argentino desmentiu essa fama. Manteve as peças esperadas, é verdade. Mudou, contudo, algumas coisas com relação ao sistema adotado, ao posicionamento de seus atletas.
Arana, por exemplo, não ficou tão avançado e espetado desde o início da construção na fase ofensiva. Em diversos instantes, fez parte do começo da edificação das ações, que nem sempre se iniciaram com o decantado trio de futebolistas.
Paulinho, também na fase em que a equipe se encontrava com a posse, em diferentes períodos, se posicionou mais à esquerda, e mais recuado, do que como um parceiro de ataque de Hulk, propriamente dito.
Em suma, foi possível identificar o conjunto mineiro numa espécie de 4-2-3-1 em momentos díspares, com Scarpa pela direita, Bernard centralizado, e Paulinho pela ponta canhota compondo a linha de três armadores por trás do super-herói da massa.






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