Em um jogo atípico, em função da expulsão de Advíncula, do Boca Júniors, logo aos 19 segundos do primeiro tempo, o Cruzeiro oscilou, teve atuação apenas mediana, mas venceu os Xeneizes nos pênaltis para avançar à fase quartas-de-final da Copa Sul-Americana.
No tempo normal, dois a um para a Raposa, com tentos anotados por peças que chegaram na mais recente janela, Matheus Henrique – para mim, o melhor em campo, entre outras coisas, pela dinâmica com que opera por todo o gramado –, e Walace, que funcionou como primeiro volante, dando mais liberdade a Lucas Romero. Na disputa da marca da cal, os mineiros tiveram 100% de aproveitamento nas batidas, e triunfaram por 5 a 4, com Merentiel desperdiçando a última cobrança para os argentinos, isolando a bola para fora.
Ver os novos reforços decidindo atesta a importância da nova política de contratações da diretoria atual, comandada por Pedrinho e Mattos, que, muito mais arrojados do que Ronaldo nas aquisições feitas, mudaram o elenco azul, outrora bem modesto, totalmente de patamar.
Em termos individuais, os celestes padeceram com nova atuação apagada de Matheus Pereira, que, na etapa derradeira, quase fez um golaço, teve algumas outras finalizações importantes, é verdade, mas, em geral, sucumbiu ao forte combate de seus marcadores.
Na metade inicial do duelo, a despeito de alguns sustos pontuais que sofreu, oriundos de erros técnicos na defesa, a trupe de Seabra aproveitou razoavelmente bem a vantagem numérica, criando um número considerável de chances de gol. Já na volta do intervalo, os mandantes tiveram mais dificuldades para construir, e, de quebra, quase levaram o empate em escapada dos adversários, em lance no qual João Marcelo salvou a lavoura em cima da linha.
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