O Galo venceu o San Lorenzo na noite de ontem por 1 a 0, gol de Battaglia, e se classificou para a fase quartas de final da Copa Libertadores. Terá agora como adversário, na competição continental, o Fluminense.
O avanço rumo à tentativa de faturar a glória maior da América do Sul, veio com mais uma atuação fraquíssima. O Atlético triunfou, mas esteve longe, muito longe mesmo, de convencer. Na verdade, em ambos os jogos, se pensarmos em critérios como chances claras de gol, volume de jogo, os argentinos foram superiores na soma dos 180 minutos, e os mineiros tiveram muito mais sorte do que juízo para obter um êxito que, em termos de desempenho, não mereciam. Bafejados pelo acaso, contando com a eficiência na bola parada, e, em alguma medida, com a inoperância dos inimigos no acabamento das ações, terminaram se dando bem.
Taticamente, e na seara da escalação, novamente Milito fez majoritariamente o óbvio, levando-se em conta suas preferências de sempre. Na fase ofensiva, linha de três com Bruno Fuchs pela direita, Battaglia centralizado, e Junior Alonso pela esquerda. Dois volantes, com Otávio abrindo o meio-campo, e Alan Franco qual segundo homem. Uma dupla de alas dando bastante amplitude ao conjunto: Arana na ponta canhota, e Scarpa em papel quase análogo pelo lado oposto. No comando da armação, Zaracho, flutuando pelo centro com a posse, com ligeira tendência a dialogar mais com Arana, e fechando a marcação pela beirada no momento defensivo, compondo a segunda linha de quatro neste instante. Deyverson e Paulinho no ataque.
O alvinegro teve mais posse durante todo o confronto desta terça, mas, com ela, nada conquistou no que tange a um controle verdadeiramente vívido, real. As trocas de passes burocráticas, o decantado domínio estéril, pautaram a atuação dos mandantes, que viram os oponentes muito mais perigosos em lances agudos.
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