As estatísticas às vezes enganam. Se olharmos apenas os números do empate entre Cruzeiro e Vitória ontem, pelo Brasileirão, teremos a impressão de que os mineiros dominaram o jogo.
25 finalizações celestes contra 14 dos rubro-negros. 12 a 5 para os azuis em arremates em direção ao gol. 70% de posse de bola para a trupe de Seabra. Mas essa vantagem para os visitantes foi construída apenas depois da expulsão de Neris, hoje zagueiro do conjunto baiano, aos 38 do primeiro tempo. E, ainda assim, a recuperação da Raposa na partida, não aconteceu de modo tão imediato. Consolidou-se mesmo, para valer, já com alguns minutos do segundo tempo.
A equipe de Belo Horizonte entrou com uma formação bem modificada. Titulares em enfrentamentos recentes, Willian, Walace, Lautaro Díaz, Zé Ivaldo e Matheus Pereira não iniciaram o embate; sem peças tão relevantes para o funcionamento da engrenagem, o todo sofreu, não deu liga no Barradão, e, sem a expulsão do zagueiro oponente, estava difícil vislumbrar a mudança de cenário que se materializou ao longo da etapa derradeira.
Enquanto o duelo estava com 11 para cada lado, os comandados de Thiago Carpini dominaram as ações completamente, praticamente não sofrendo ataques perigosos do adversário. O goleiro Lucas Arcanjo fora, no período mencionado, basicamente, mero espectador. Nesta mesma parte da disputa, por sua vez, Cássio impediu que seu esquadrão sofresse uma goleada na primeira metade do confronto.
Portanto, tendo em vista o cenário descrito, em algum grau, dá até para dizer que a noite de ontem valeu para Dinenno e companhia pelo espírito de recuperação, pela luta. No cômputo geral, todavia, não cabe cravar que o saldo foi positivo.
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