Por certo prisma, a final da Libertadores contemplou a lógica. O Botafogo é hoje melhor individualmente do que o Galo e, em termos de conjunto, no passado recente, e no ano como um todo, teve uma média de atuações bem superior à dos mineiros.
O que resvala no inadmissível foi o primeiro tempo da armada de Milito no Monumental, levando-se em conta as circunstâncias: um jogador a mais com menos de um minuto de cotejo e nada de atacar, agredir, produzir, sufocar.
Essa postura, nos 45 minutos iniciais, matou o torcedor de raiva.
Desde sábado à noite, proliferam-se análises oportunistas – algumas, confesso, de arautos até improváveis –, diminuindo em demasia o plantel do Atlético e censurando o labor da diretoria nessa alçada. Para mim, o grupo de atletas do alvinegro de Minas segue excepcional, e o trabalho da diretoria beira o impecável.
O momento, na minha visão, é muito mais de refletir acerca da trajetória do treinador argentino que hoje comanda Hulk e companhia. Não, nunca por causa de uma partida. O que pega nesta seara, passa pela falta de consistência, de regularidade. Com excelentes peças na mão, o personagem em tela não provou-se capaz de edificar um todo, uma equipe, na acepção da palavra, genuinamente convincente ao longo de 2024.






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