Avaliando o trabalho de Fernando Seabra no Cruzeiro…

Assim como Gabriel Milito, no Galo, Fernando Seabra tem sido bastante questionado no Cruzeiro.

Discordei de muitas das decisões do treinador celeste relativas ao jogo do último domingo. A insistência com Ramiro, tendo, entre outros nomes, Walace disponível – para mim, não havia motivos para poupar o novo reforço azul –, não faz sentido.

Também não compreendo o fato de Peralta não ter sido sequer relacionado para o confronto em questão.

Dinenno no ataque, me parece outro escorregão do jovem técnico em tela. Tudo bem que Kaio Jorge não apresentou ainda grande futebol pela Raposa. Mas pelo potencial que ele possui, e pelo fato de sua amostragem com a camisa cinco estrelas mostrar-se muito pouco representativa, creio ser cedo para desistir desse atleta – lembremos, bem mais rápido, completo e habilidoso do que seu já citado concorrente argentino.

Na zaga não se revelou correta também, para mim, a opção por Villalba. Havia dois caminhos mais promissores a seguir nesse setor. Ou escalar a dupla de beques titular, ou dar uma chance para Jonathan Jesus, que, apesar de ter chegado com imenso cartaz do Ceará, vem recebendo poucas oportunidades.

A despeito das discordâncias listadas com relação ao nosso protagonista do texto de agora, e de outros erros que ele vem cometendo, avalio como precoce, um disparate, a ideia de demiti-lo. Recordemos que, no primeiro turno, com um elenco limitadíssimo, edificado por Ronaldo, antes das excelentes contratações concretizadas por Pedrinho, Seabra conseguira posicionar o Cruzeiro em posto nobre na tabela.

Por essas e outras, por ele ter crédito, já ter mostrado potencial, entre outros motivos, defendo a continuidade desse profissional no cargo. Mas que ele fique de olho. O desempenho do time caiu, uma parcela de culpa é sim do comandante do vestiário, e, se ele não corrigir certas rotas…