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Afinal, Milito merece continuar no Galo?

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  • por em 26 de agosto de 2024
Para muitos torcedores, Milito, outrora adorado, deveria deixar o comando do Atlético. E você, concorda com essa tese? Foto: Pedro Souza / Atlético

Para muitos torcedores, Milito, outrora adorado, deveria deixar o comando do Atlético. E você, concorda com essa tese? Foto: Pedro Souza / Atlético

Gabriel Milito tem sido alvo de enorme pressão de boa parte da torcida.

Se outrora, nos seus movimentos iniciais pelo Galo, o argentino virou sinônimo de excelência, um ídolo quase instantâneo dos adeptos, hoje, pela queda de rendimento do time num passado mais recente, o que fora unanimidade – sempre burra, segundo Nelson Rodrigues –, transformou-se em rejeição gigantesca.

De fato, e confesso que até surpreendentemente, o nível do labor do técnico alvinegro caiu de qualidade bruscamente nos últimos enfrentamentos. Seu conjunto não vem performando bem. Suas escolhas, às vezes, extrapolam qualquer lógica, flertam com o inexplicável.

Na partida contra o Fluminense, por exemplo, os equívocos do nosso personagem desta coluna foram tão graves quanto numerosos.

Por um lado, Deyverson chegou com cartaz acima do que seria condizente com sua qualidade – e com a fartura do elenco atleticano, muitíssimo bem construído pela diretoria; atuou como titular em partidas importantíssimas, nas quais, para mim, havia opções melhores. Por outro, justamente no último sábado, quando o esquadrão mineiro estava com desfalques importantes, e o mandachuva do vestiário resolveu preservar meio mundo, o folclórico atacante citado, que não pode mais atuar pela Copa do Brasil – logo, não faria qualquer sentido poupá-lo para quarta –, começou o enfrentamento no banco. Uma contradição tremenda.

Também teria optado por Paulinho e Scarpa entre os titulares, e escalaria Saravia na linha de três que faz a saída de bola na fase ofensiva, e não como ala/ponta.

Apesar de tudo isso, e de outros pontos no mínimo questionáveis do trabalho de Milito, ainda acredito não ser hora de dispensá-lo. Sigo essa linha por acreditar piamente nas trajetórias em médio e longo prazo dos treinadores, e, por, em alguma medida, ainda me apegar, de certa forma, ao potencial que o profissional em tela já demonstrou em períodos atualmente já um tanto longínquos.

Voto de confiança. Mas com olhos atentos e o pendor crítico sempre em dia. Se determinadas coisas não melhorarem rápido…

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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