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A ótima convocação de Dorival e um dos problemas do futebol brasileiro

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  • por em 24 de agosto de 2024
O jovem craque do Palmeiras, Estevão, foi um dos maiores acertos na convocação realizada por Dorival ontem. Apesar da pouca idade, o ponta alviverde esparge solidez mental para absorver os grandes desafios.

O jovem craque do Palmeiras, Estevão, foi um dos maiores acertos na convocação realizada por Dorival ontem. Apesar da pouca idade, o ponta alviverde esparge solidez mental para absorver os grandes desafios. (Foto: Cesar Greco/Palmeiras/by Canon)

Com apenas um jogador que atua em Minas, e seis que jogam no Brasil, Dorival Júnior convocou hoje a seleção brasileira que enfrentará Equador e Paraguai, pelas eliminatórias para a Copa do Mundo, no mês que vem.

A lista canarinho está ótima; nosso comandante acertou em cheio em suas escolhas. O sexteto mencionado, composto por Guilherme Arana, André, Gérson, Estevão, Luiz Henrique, e Pedro, todo merece a confiança do nosso treinador.

O jovem do Palmeiras, já vendido para o Chelsea, se entrar em campo no primeiro dos compromissos citados, terá 17 anos e 135 dias de idade na data, o que o colocaria no top cinco de atletas mais precoces a vestir a camisa amarelinha. Caso faça gol em um dos duelos para os quais foi lembrado, passará Ronaldo Fenômeno no rol dos nomes mais novos a anotarem seus primeiros tentos representando nossa nação. Precipitação do técnico do esquadrão da CBF? De maneira alguma. O ponta alviverde em questão esparge, em suas atuações, leveza, força mental de quem não está sentindo os grandes enfrentamentos. Isso ficou nítido no tenso, importantíssimo, e épico Botafogo e Verdão da última quarta, quando virtualmente todas as ações de ataque dos paulistas se concentravam pelo lado direito, setor dessa nova joia do nosso futebol.

Temos tido dificuldades de encontramos meio-campistas que trabalhem de área a área com vigor físico e talento. Carência da nossa safra mesmo, e consequência de uma maneira equivocada de formar jovens na base, no jeito de enxergarmos o esporte bretão. Nesse sentido, não sei se Gérson se mostra a solução ideal, mas, ao menos como tentativa de amainarmos a lacuna em tela, vale prestigiá-lo. No mais, gosto da presença de um centroavante da estirpe de Pedro no elenco, algo que já deveria ter acontecido na Copa América; estamos falando aqui de um sujeito alto, com presença de área, traços de um “9” típico, porém com refinamento técnico para agregar na construção dos ataques de maneira ampla.   

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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