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A derrota do Brasil para o Dream Team e mudanças negativas na NBA

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  • por em 6 de agosto de 2024
Apesar da derrota acachapante, em termos de pontuação, o Brasil não fez exatamente feio. O jogo valeu também para vermos algumas mudanças - ruins - que andam assolando a NBA sobretudo na última década.

Apesar da derrota acachapante, em termos de pontuação, o Brasil não fez exatamente feio. O jogo valeu também para vermos algumas mudanças - ruins - que andam assolando a NBA sobretudo na última década. Foto: Gaspar Nóbrega/COB e Thomas COEX / AFP

Apesar da derrota por 35 pontos de diferença, não dá para dizer exatamente que a seleção brasileira de basquete fez feio diante do Dream Team hoje. Nossos representantes não se mostraram nervosos, executaram algumas jogadas bonitas, e a discrepância no placar materializou-se quase que organicamente, dada a disparidade técnica dos dois esquadrões – muito mais por méritos dos nossos implacáveis, quase perfeitos, adversários, do que por uma limitação gritante daqueles que envergaram a camisa da bandeira amarela.

Sobre o conjunto de estrelas americano, pudemos ver, vívidas, na prática, algumas das principais características que predominam atualmente na NBA – e não se mostravam realidade, por exemplo, na era do time dos sonhos original, o de 1992, comandado por Michael Jordan, Larry Bird e Magic Johnson.

Joel Embiid e Anthony Davis, dois pivôs de altíssima estatura, portes físicos para lá de avantajados, escancararam o modelo dos atletas de suas posições contemporâneo: a despeito dos respectivos corpanzis, não se limitavam a ficar debaixo da cesta, saindo com frequência para arremessar de média e longa distâncias.

Outra tendência da maior liga de basquete do planeta que se confirma na máquina do Tio Sam, é a de recorrer, numa quantidade muito maior que à de outrora, aos chutes de 3 pontos. Esteticamente, e em termos de emoção, penso eu, essa faceta denota uma involução.

Se pensarmos que o Golden State Warriors dos últimos dez anos, comandado por Steve Kerr, técnico principal da equipe que atua pelo seu país, foi um dos maiores responsáveis pela última transformação mencionada, torna-se ainda mais natural que o escrete de LeBron adote essa postura.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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