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O que mais dizer sobre Djokovic – e uma das cenas mais emocionantes de todos os tempos?

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  • por em 5 de agosto de 2024
Seria Novak Djokovic, agora, definitivamente, o melhor de todos os tempos? Ainda tenho minhas dúvidas...

Seria Novak Djokovic, agora, definitivamente, o melhor de todos os tempos? Ainda tenho minhas dúvidas... (AP Photo/Andy Wong)

Cobrindo in loco os jogos olímpicos do Rio, em 2016, um dos momentos mais preciosos que presenciei, por unir drama, esplendor técnico, emoção em vários sentidos, foi a final do tênis masculino, entre Del Potro e Andy Murray.

Ver a potência sobre-humana da direita do primeiro, e/ou a resiliência comovente, o poder inesgotável de chegar em todas do escocês, colocava quase em transe esse que vôs fala, amante da modalidade em questão e súdito de Federer.

E não é que, de novo, em Paris, um dos instantes mais tocantes do maior evento do planeta, aconteceu na decisão envolvendo dois astros da ATP?

Carlos Alcaraz e Novak Djokovic… Deixadinhas tão perfeitas quanto intermináveis do jovem prodígio. Devoluções milimétricas, em winners ou não, do maior vencedor de Grand Slams de todos os tempos. Dois sets decididos só no tie-break. Disputa equilibradíssima, estonteante, imersa num mar de talento puro. Enfim… Um jogo para a história…

E o que dizer de Djoko, isoladamente? Sua mão tremendo sobre a terra batida sagrada de Roland Garros, já se transformou em imagem icônica nos capítulos esportivos.

O sérvio, junto com Nadal e Federer, protagonizou a melhor era do tênis. Talvez os três maiores de todos os tempos se enfrentando concomitantemente? E ele pode não ter a elegância do primeiro – emular seus golpes não é quase uma obrigação estética. Tampouco não possui a força bruta, crua de El Toro Miúra. Mas Novak desfila em quadra espargindo confiança, objetivamente, pragmaticamente perfeito em tudo – vá lá, seu smash pode melhorar.

Melhor de todos os tempos? Ainda tenho dúvidas. Ele ou o rei da Basileia. Em força mental, porém, nosso personagem de hoje dificilmente mostra-se superável… Papo para prolongar em colunas vindouras.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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