O Cruzeiro joga na noite desta segunda, em Cariacica, no Kleber Andrade, que tem péssimo gramado e fica na região metropolitana de Vitória, no Espírito Santo.
Isso ocorre em função de um erro crasso da gestão Ronaldo, que apenas denota como o ex-mandatário celeste pensava pequeno, sem consonância com o tamanho do clube que dirigia.
Hoje era dia para sessenta mil torcedores no Mineirão, pela fase dos azuis, pelo apoio incondicional que a torcida da Raposa tem concedido nos últimos anos – inclusive na época das vacas magras.
Há a perda técnica, principalmente se pensarmos no desempenho perfeito que a trupe de Fernando Seabra obteve até aqui no Brasileirão como mandante. 100% de aproveitamento em BH. Mas há também a falta de tato com o intangível, com a grande beleza do esporte bretão, que é a sinergia de uma equipe com o seu povo. Há algo de inefável nisso, e essa poesia cria uma cadeia de acontecimentos positiva para a agremiação, um círculo virtuoso que transcende as quatro linhas, se espalha pela cidade, invade todo o clima que cerca o elenco, e garante sequências mais longas de estádios cheios nas partidas em casa.
Elogios a Pedrinho que teve sensibilidade, ambição, e não se acomodou para tentar reverter a patacoada do seu antecessor. E compreensível que o Leão não tenha topado.

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