Bia Souza em momento emocionante nos jogos Olímpicos de Paris. (Foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
É curioso, chega a ser irônico como, no Brasil, um país monotemático, unidimensional quando o tema é esporte, nas Olimpíadas, se trata de modalidades completamente negligenciadas por quatro anos entre cada ciclo dos jogos – e a imprensa tem alta parcela de culpa nisso, sempre na luta desesperada somente pela audiência.
Não se liga, não se fala sobre nada a não ser futebol e, de repente, as famosas small talks estão recheadas, sei lá, de Badminton. Nem tanto…
Em alguma medida, o fenômeno assinalado é natural, e menos mal que se valorize atletas em grande proporção e na maioria dos casos, abnegados, eventualmente, do que nunca. Deveríamos, porém, aproveitar o glamour, o esplendor do que se passa em Paris, para apreendermos a beleza, a emoção que reside nos mais diferentes tipos de disputas, e nos regozijarmos com elas também em mundiais, em nacionais…
Numa nação em que se aprecia, se apoia tão pouca coisa quando os temas são cultura e esporte, testemunharmos ouros como o de Bia Souza, no Judô, chega a emocionar. E troçar do nosso próprio desempenho no quadro de medalhas escapa do humor autodepreciativo charmoso, esbarrando na pura falta de noção.
Se não nos importamos por 99,9% do tempo por basicamente quase nada, se auxílios mínimos não se espalham orgânica e homogeneamente, não seria cara de pau exigir como em países com pegadas mais multifacetadas no tocante em tela, e com políticas públicas mais inteligentes na área em questão? Esperança de que vamos aprender algo esse ano e que o cenário vai mudar? Nenhuma.
Virou moda, entre parte da torcida e da imprensa, dizer, nesta reta final do ano,…
O futebol pode ter parado no Brasil no último final de semana – com exceção…
O Brasileirão pode ser decidido na rodada de hoje, que começa daqui a pouco, às…